Circular 09/2015 Assunto: Orientações Pastorais para o Ciclo do Natal.

Circular 09/2015 Assunto: Orientações Pastorais para o Ciclo do Natal.

POSTADO EM 04 de Novembro de 2015

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Iniciando o Ciclo do Natal com o tempo do Advento, retomamos aquilo que todo ser humano busca e mais deseja: a vida, a vida plena, a felicidade. São João chama a isso que desejamos e esperamos de “perfeita alegria” (Jo 16,24). É Jesus quem nos dá a vida. Ele nos dá a vida porque nos dá Deus. Ele pode fazê-lo, porque ele mesmo é um só com Deus. Ele é o Filho de Deus. Ele mesmo é o dom, a vida. No seu nome, Emanuel, está a proposta desse tempo litúrgico: Deus está conosco. A humanidade não está só, nós não estamos sós. Sabemos para onde caminhamos. É essa a alegria que somos convidados a experimentar: alegria plena que ninguém e nada nos podem tirar. Se assim for, podemos dizer que compreendemos alguma coisa do Natal.

   

  1. O espaço celebrativo deve ser sóbrio, discreto. A cor litúrgica é a violácea, para distinguir do roxo penitencial da quaresma. No terceiro domingo – GAUDETE pode ser usada a cor rósea, caracterizando a alegria pelo Senhor que está perto: É o domingo da alegria.        
  2. COROA DO ADVENTO, sem começo e sem fim simboliza a eternidade As velas que a compõem, podem fazer parte da procissão de entrada nas celebrações e ser acesas nos ritos iniciais com um refrão apropriado para cada domingo, ou pronunciando a seguinte oração: “Bendito sejas ó Senhor, nosso Deus, pela luz de nossa fé que nos acompanha na caminhada de nossa vida! Bendito sejas pela luz que acompanha toda a humanidade em sua caminhada rumo a ti, ó Eterno, que és sem começo e sem fim. Durante este tempo de Advento, aumente em nosso coração a tua claridade. Amém!”. No quarto domingo, a vela pode ser conduzida por uma mulher grávida e crianças. A coroa do advento nos lembra ainda a vigilância permanente e abertura ao Senhor que sempre vem. Ela marca o ritmo de espera deste tempo. “É preciso estar sempre acordados e com lâmpadas acesas”! A coroa do Advento não deve ser colocada sobre o altar.
  3. O tempo do Advento deve propiciar à comunidade uma acolhida mais afetuosa, que manifeste mais verdadeiramente a presença de Deus entre todos. A Eucaristia é o sinal privilegiado dessa presença e ao mesmo tempo da espera do Senhor: “Até que ele venha”.
  4. Tempo de ESCUTAR DE MODO NOVO a PALAVRA DE DEUS: Ele fala pela Sagrada Escritura, pela Eucaristia, pelas pessoas, pelos pobres e nos acontecimentos. Atenção: Nas celebrações litúrgicas, dar destaque ao LECIONÁRIO, livro usado na Liturgia da Palavra. PREPARAR BEM OS LEITORES E SALMISTAS. Mais que leitura, a Palavra de Deus deve ser PROCLAMADA COM ALEGRIA, CONVICÇÃO e, sobretudo COMPREENDIDA pela comunidade reunida. “... a proclamação litúrgica da Palavra de Deus, principalmente no contexto da assembleia eucarística, não é tanto um momento de meditação e catequese como, sobretudo, o diálogo de Deus com o seu povo, no qual se proclamam as maravilhas da salvação e se propõem continuamente as exigências da Aliança. A homilia é um retomar este diálogo que já está estabelecido entre o Senhor e o seu povo. Aquele que prega deve conhecer o coração da sua comunidade para identificar onde está vivo e ardente o desejo de Deus e também onde é que este diálogo de amor foi sufocado e não pode dar fruto. A homilia não pode ser um espetáculo de divertimento, não corresponde à lógica dos recursos mediáticos, mas deve dar fervor e significado à celebração...” (Evangelii Gaudium, nos. 137 – 138). Dar um TEMPO DE SILÊNCIO após as leituras, ou após a homilia, possibilitando um diálogo amoroso, orante e comprometido entre Deus e a assembleia. Assim, os presentes possam “guardar no coração” a boa notícia que receberam.

 5.   A resposta às Preces pode ser cantada: “Abre as portas, deixa entrar o Rei da glória. É o tempo ele vem orientar a nossa história”! “Vem,             Senhor, Vem Senhor, Vem libertar o teu povo”! ou “Vem Senhor, vem nos salvar! Com teu povo vem caminhar”! Nos quatro domingos do           Advento, as preces podem ser também cantadas na forma de Ladainha do Advento, como sugere o CD, “Luz do Universo”, do Mosteiro      da Anunciação do Senhor, cidade de Goiás. As preces ou a Ladainha do Avento podem ser concluídas, nos três primeiros domingos, com a         seguinte oração: “Ó Cristo, revestido da fragilidade humana, viestes ao mundo em nosso auxílio. Apressai-vos em           curar nossos males e tornai nossa comunidade ardorosa na evangelização, enquanto, vigilantes, aguardamos o            Reino Definitivo”. 

6.  Os CANTOS SEJAM DO ADVENTO, para expressar o Mistério de Cristo, próprio deste tempo. Consultar o Hinário Litúrgico, volume I da         CNBB e o CD Liturgia IV Advento, da Paulus.

      Omite-se o Glória, reservado para a noite e o tempo do Natal.

7.    Utilizar a Benção final própria do Advento, Natal e Ano Novo.

            MONTAGEM DO PRESÉPIO.

   a)  Pode ser montado ao longo do Advento.  No primeiro domingo: terra, areia, pedras, troncos e galhos secos, juta, lona, papel pedra; no segundo domingo: serragem verde ou grama, plantas, água; no terceiro domingo: estátuas dos pastores, ovelhas, jumento e boi – as crianças podem levar estas peças, no final da missa, no local onde está sendo montado o presépio; no quarto domingo: as imagens de José e de Maria podem ser colocadas na gruta por uma família.       Na noite de Natal, a entronização da imagem do Menino Jesus pode ser durante o Canto do Glória ou após a homilia, antes do Credo. As          estátuas dos magos devem ser colocadas na Epifania do Senhor.   

Este modo catequético de montar o presépio possibilita à comunidade visualizar os sinais da aproximação da chegada do Senhor.

           

      b)  Pode também ser montado para o quarto domingo, reservando  a  imagem do     

           Menino Jesus para a Noite de Natal.                   

  

NOTAS IMPORTANTES:

                   

01. Não descaracterizar o sentido do Advento, antecipando o Natal com árvore de natal, pisca piscas, festões, fitas, luzes e bolas coloridas, “próprias do Natal”. Vamos deixar o Advento ser Advento. Cuidado para não levar para a Igreja e para o Templo a superficialidade e a manipulação próprias da nossa sociedade consumista. O uso de flores deve ser moderado. Melhor que flores, um tronco ao lado da Mesa da Palavra, com um broto (de uma planta), recordam o profeta Isaias: “Do tronco de Jessé sairá um ramo, um broto nascerá de suas raízes”.

02. A Noite e todo o Tempo do Natal é que devem ter maior brilho. É “Deus Conosco”, o inacessível presente no humano. Entreguemo-nos com confiança a esse mistério. Não percamos o encanto dessa proximidade.  

03. Incentivar a Novena do Natal em Família como uma das formas privilegiadas para a preparação do Natal.

04. Oportunizar ao povo, horários especiais para o sacramento da reconciliação.  

“Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de assumir o anúncio jubiloso do perdão. É o tempo de regresso ao essencial,  para  cuidar das fraquezas e dificuldades dos nossos irmãos. O perdão é   uma força que ressuscita para nova       vida e infunde a coragem para olhar o futuro com esperança” (Misercordiae Vultus, n.10).   

05. Utilizar o material da Campanha Nacional para a Evangelização de 2015 com o lema: “Sede misericordiosos”. A Campanha tem início na Solenidade de Cristo Rei e se estende até o 3o. domingo do Advento. 

       Conscientizar a comunidade sobre a importância da COLETA nos dias 12 e 13 de dezembro de 2015, sábado e domingo, lembrando a sua finalidade, que é sustentar a obra evangelizadora  da  Igreja no Brasil. No domingo anterior os fiéis  devem ser lembrados deste compromisso.

       Atenção: O material para a Campanha da Evangelização pode ser adquirido nas Edições CNBB. Nenhuma Paróquia ou Comunidade pode se omitir.     

06.  Os subsídios litúrgicos do Setor de Liturgia da CNBB e a revista Vida Pastoral da Paulus poderão enriquecer estas orientações.

 As propostas acima são orientações da Igreja e do Bispo Diocesano para o Ciclo do Natal. Devem, portanto, ser acatadas

Cada Paróquia com suas Comunidades, possibilidades reais e criatividade, devem executá-las.

                                                                                

                                                           

                                                                                                                           

                                                                                 Dom Sérgio Aparecido Colombo

                                                                                           Bispo Diocesano

                                                                                     “Como aquele que serve”

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