In politica la gelosia è più forte che in amore!

In politica la gelosia è più forte che in amore!

POSTADO EM 03 de Fevereiro de 2017

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Por: Monsenhor Giovanni


Esta é uma frase do grande político italiano Giulio Andreotti ao fazer análise de uma das tantas crises vividas pelos governos italianos. Significa que o ciúme é maior na política quer no relacionamento amoroso. E não se pode negar razão a Andreotti. Quando vemos pronunciamento de alguns papas que afirmam ser a política uma forma sublime da caridade quase temos a tentação de julgá-los envolvidos em santa ingenuidade! A ascensão à presidência dos EUA por Trump nos dá amostra. Sua preocupação é a afirmação de si mesmo e a desconstrução do governo anterior. As medidas de marginalização dos imigrantes mostram falta de visão sobre como a nação americana foi construída. Não eram brancos os habitantes primitivos. Não eram saxões, irlandeses. Estes vieram bem depois. E depois deles tantas outras pessoas de todo lugar! Uma história mais branca começou com os “pilgrims”! O progresso que envolve os Estados Unidos se deve, em grande parte, aos estrangeiros que ali aportaram, se estabeleceram, trabalharam e trabalham. Este dado é presente em todo mundo, tanto no que se refere à imigração como a migração em cada país. Há fenômenos graves rondando a paz mundial: xenofobia, nacionalismos exasperados. Parece que já nos esquecemos do que nazismo e fascismo causaram. Vemos e já não nos comove o drama que envolve palestinos e israelenses. A imigração forçada de sírios e de milhares de pessoas de vários países da África parece ser só preenchimento de noticiário! Entre nós, no Brasil, durante muito tempo colocava-se o preconceito em relação aos nordestinos. Todos afirmam que sem eles o progresso do Sul não existiria. Será que superamos esse modo de pensar? Parecia que os tratados entre blocos de países (Mercosul, Mercado Comum Europeu, Pacto Atlântico, Pacto Pacífico, Andino, etc.) faziam ver um processo que caminhava para além do mercado e da economia. A abertura das fronteiras e a livre circulação entre países parecia ter favorecido uma visão mais larga sobre as pessoas. A globalização dos contatos em todos os níveis parecia nos levar a uma consciência verdadeiramente cosmopolita. Não quero ser pessimista, mas parece que aprendemos pouco e que avançamos de forma sofrível. O descarte de quem não é autóctone, de quem pensa diferente, de quem tem usos e costumes diversos traz grande incomodo. E parece que a atuação dos que estão envolvidos nas dimensões fundamentais da Política ( os poderes constituídos) não conseguem ir além dos seus próprios interesses. A ciumeira se traduz na visão unívoca e vagarosa em dar resposta ao conjunto tanto das nações como da sociedade nacional. No caso dos EUA percebe-se que as inúmeras manifestações contrárias à medidas de Trump não o tem preocupado. Tal como um trator, ele vai fazendo o que prometeu na campanha política. A omissão de grande parte do eleitorado americano, a visão míope do individualismo, que só olha o próprio umbigo, está criando a possibilidade de grande desestabilização entre nações. Em nosso país assistimos a corrida para a Câmara Federal e Senado. Busca-se o poder. Até no arrepio dos regulamentos e da própria Constituição. Problemas graves que exigem pela urgência - solução brevíssima para a paz social -  são deixados para depois das férias! Como afirmei em outra ocasião quem de nós, tendo um problema grave a resolver, sairia em férias ou postergaria a busca da solução? Com a desconfiança generalizada que ronda aqueles que estão nos encargos públicos, com a massa de gente sem trabalho, com as notícias que a cada dia nos falam não mais de milhões, mas de bilhões desviados, é possível fazer de conta que estamos em momento que dá para esperar? Um certo ciúme pode ser visto como “perfume da dor” (recordam “Jalousie”?). Mas o que estamos vendo em política é ciúme mortal.

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