Comunicado

Comunicado

POSTADO EM 29 de Junho de 2016


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“Bem aventurados os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia”

            Neste ano santo da “Misericórdia” a Igreja, na constante exortação do Papa Francisco, tem convocado a todos, homens e mulheres de todas as raças, credos e nações, a viver e praticar a misericórdia, trabalhando para construção de um mundo de justiça, de paz, de solidariedade e de superação das condições sub-humanas a que tantos, em diversas circunstancias e lugares, vivem privados do mínimo para uma “vida verdadeiramente digna”.

            Também, aqui em Bragança Paulista, terra marcada em sua história pelo testemunho concreto de caridade (hospitais, asilos, preventórios, no trabalho dos vicentinos, no auxilio fraterno cristão, como também no serviço de outras denominações religiosas e sociais), tem havido a presença dolorosa de homens e mulheres (adultos, crianças, jovens) vivendo nas ruas, desenraizados de suas terras, famílias e, vivendo em situações de abandono e pobreza.

            Apesar de iniciativas do poder publico e de particulares, esses pobres constituem um sinal de que o tecido social está desgastado, doente e exigindo, além do socorro imediato, politicas públicas sérias para que todos “tenham vida” e, assim como também, o testemunho continuo da caridade dos discípulos de Jesus Cristo, nos dias de hoje.

            Nesse sentido, como Bispo da Diocese de Bragança Paulista, conclamo a todos, mas em especial ás autoridades de todos os poderes, também a todo povo, a que se unam para um trabalho verdadeiramente misericordioso, que vá além de atitudes meramente coercitivas, visando afastar os indigentes das ruas e praças, para se constituir em gestos de acolhida, de socorro, de apoio, de amor, a ponto de compreender  que muitos precisam ser assistidos no local, por que já vem a rua como sua casa. Não pode haver gestos de exclusão e nem de aplicação “rigorosa da lei”, como se fossem soluções definitivas. Se há receios, medo de perigo, deve haver acompanhamento de profissionais que busquem soluções eficazes, garantindo sempre o respeito a dignidade da pessoa que sofre. Há que se apoiar às entidades (sociais e religiosas) cujo carisma consiste no serviço de apoio e assistência aos pobres marginalizados.          No momento, em situações de fome e frio, a ação imediata é socorrê-los. Portanto, louve-se aqueles que vão as ruas em busca do “irmão”, caído a beira da estrada, como também aqueles que o acolhe para dar-lhe socorro e amor.

            Neste Ano Santo extraordinário da Misericórdia, que a Igreja Católica celebra, recomendo a todas as paróquias, comunidades e instituições religiosas, desta Cidade e às da Diocese, a prática de obras concretas de misericórdia, como: acolher, alimentar, abrigar, aquecer, visitar, assistir, confortar os irmãos e irmãs que vivem nas ruas . E que se multipliquem as iniciativas de solidariedade e se apoie o serviço daqueles, principalmente comunidades de vida, que trabalham diuturnamente para testemunharem, no seguimento de Cristo, “o rosto Misericordioso do Pai” (Misericordiae Vultus – Encíclica do Papa Francisco).

Dom Sérgio Aparecido Colombo

Bispo Diocesano

“Como aquele que serve”

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