Bispos paulistas são escolhidos como facilitadores no método de ‘Conversa no Espírito’
O Sínodo sobre a Sinodalidade está no coração da 61ª edição da Assembleia Geral da CNBB. Na sexta-feira, dia 12, a dinâmica sinodal foi experimentada a partir de método denominado “Diálogo no Espírito”. 45 mesas, compostas por 10 bispos, foram o espaço para a “conversação espiritual” à luz do tema “A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora”.
Do Regional Sul 1 da CNBB foram escolhidos cinco facilitadores para conduzir a iniciativa inédita em uma Assembleia Geral. O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer; o arcebispo de Ribeirão Preto, dom Moacir Silva; o bispo auxiliar da arquidiocese disposta na capital paulista (Região Belém), dom Cícero Alves de França; o bispo diocesano de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini e o bispo de Marília, dom Luiz Antonio Cipolini, foram destacados para a missão. “
“Compreendo esse método como um grande momento de aprendizado para desenvolver a escuta ativa. A escuta ativa é uma escuta que vai do cérebro ao coração, isto é, uma escuta reflexiva, que leva em conta o respeito, atenção que se deve dar para quem fala. É um processo espiritual, oracional, não é um grupo pautado por discussões, buscas de soluções, mais por encontrar qual a vontade de Deus para nossa Igreja. Por isso, o clima é de oração e para se fazer oração nada mais importante do que o silêncio. Enfim, compreendo essa dinâmica como uma forma espiritual de olharmos e refletirmos a pastoral”, explicou dom Cícero.
Para dom Luiz Antonio Cipolini, a “conversação espiritual” figurou como grande oportunidade de comunhão. “É a partilha sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil em oração e escutando o Espírito Santo”, completou o bispo de Santo André. “É uma dinâmica nova mas ao mesmo tempo com lastro na Tradição da Igreja: escutar o Espírito e os irmãos. A escuta se inicia com o silêncio e termina na oração. Este é o processo”, afirmou dom Pedro Cipollini.
ORAÇÃO COMO ALICERCE
Além da dinâmica sinodal, a programação da Assembleia Geral da CNBB, em sua edição de número 61, tem a oração como forte expressão de comunhão.
Esse ano, em uma proposta igualmente inédita, o Retiro Espiritual (que antes figurava na etapa final do encontro) aconteceu nos primeiros dias vividos em Aparecida. O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, motivou as reflexões. “Contemplar em silêncio e saborear nas profundezas do nosso espírito a beleza da Igreja sinodal, como manifestação da própria vida trinitária”, disse o cardeal acerca da proposta do Retiro.
Missas com Laudes, oração da Hora Média e Vésperas são outros momentos importantes no contexto do fortalecimento da espiritualidade e da dimensão comunitária dos bispos brasileiros reunidos para testemunhar a comunhão, a participação e a missão.
Texto
Pascom / Regional Sul 1 – CNBB
Fotos
Pascom / Reional Sul 1 - CNBB