Animação Bíblico-Catequética

Animação Bíblico-Catequética

POSTADO EM 24 de Maio de 2016

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COMISSÃO PARA A ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA


« Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura » (Mc 16,15)

« Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei » (Mt 28,19-20). « Recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas. até os confins da terra » (At 1,8).

Cristo confiou aos apóstolos a sua missão e deu a eles o poder de anunciar aos homens aquilo que eles próprios tinham visto e ouvido. Deu-lhes o Espírito Santo, a fim de realizarem tal missão.[1]

O livro dos Atos dos Apóstolos nos relata que eles não tardaram em realizar o que Jesus havia pedido. Hoje a Igreja continua esta missão. O anúncio da Boa Notícia (a catequese) sempre foi para a Igreja um dever sagrado e um direito imprescritível. [2]

Vivemos em um tempo de grandes transformações sociais, econômicas, políticas e técnicas que afetam a nossa vida diariamente, uma “mudança de época”. Trata-se de um tempo carregado de potencialidades positivas do ser humano, mas, ao mesmo tempo, caracterizado por tensões, especialmente as que atingem povos inteiros reféns de conflitos intermináveis, de rupturas e desmoronamentos de valores fundamentais como os do respeito mútuo, à vida em todas as suas dimensões, hospitalidade e religiosidade, trazendo consequências negativas que se fazem sentir, principalmente, na família e na educação. A Igreja como um todo e em especial a do Brasil nos últimos anos em suas diretrizes, já tem enfatizado a importância deste complexo fenômeno histórico-cultural e atenta a todas estas transformações, vive um momento privilegiado em sua Ação Evangelizadora. O movimento catequético, a partir do Concílio Vaticano II (1963-1965), trouxe luzes. Dentre elas, uma “catequese renovada” unindo fé e vida, superando o modelo doutrinário de perguntas e respostas. Aprendemos com o método ver-julgar-agir-celebrar, o qual o Papa Bento XVI  restaurou a importância na V Conferência de Aparecida, a entender e a viver a Palavra de Deus compreendendo que a Bíblia é o livro por excelência da Catequese. Contudo, apesar de todos os esforços ao longo de todos estes anos, temos um grande número de irmãos que, apesar de terem recebido os Sacramentos da Iniciação, não foram evangelizados e, portanto, não foram iniciados na fé.

Hoje, se quisermos educar na fé, levando nossos catequizandos a se encontrar com a pessoa de Jesus de Nazaré e a viver os valores evangélicos de modo a se transformarem e a transformarem os lugares onde convivem, tornando-se discípulos missionários, precisamos superar a mentalidade de uma catequese fragmentada, voltada somente para a recepção dos sacramentos, para uma catequese permanente, que perpasse toda a vida cristã, como foi na origem no antigo catecumenato e que hoje nos é proposto pela Igreja por meio do modelo catecumenal, cujo método encontra-se no RICA- Ritual de  Iniciação Cristã de Adultos.

A dimensão catecumenal deve inspirar toda a catequese de modo a torná-la experiencial, celebrativa e orante, superando a tradicional dimensão doutrinal da fé meramente sacramental para que seja de fato evangelizadora. Uma catequese que compreende a unidade dos sacramentos da iniciação, uma catequese que compreende a mútua relação entre catequese e liturgia, uma catequese que compreende a importância e a vivência dos símbolos. Contudo, se faz necessário que a catequese catecumenal seja assumida por toda a comunidade eclesial e que se invista numa formação permanente para os catequistas.


ASSESSOR - Pe. Edson Magalhães

COORDENADOR - Maria Donizete Gonsalves Barbosa e Reginaldo Aparecido Barbosa


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