Natal – Celebrar a Vida.

Natal – Celebrar a Vida.

POSTADO EM 23 de Dezembro de 2015

Natal – Celebrar a Vida.


“A graça de Deus se manifestou para a salvação de todos os homens” (Tt 2,11).


                    Irmãos e Irmãs!

                    É sempre com alegria que celebramos o Natal. Deus enviou seu Filho a nós, cumprindo assim a profecia: “Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi; Ele reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra. Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá tranqüilo; este é o nome com que o chamarão: Senhor nossa justiça” (Jr 23, 5-6).

                   Compreendemos o Natal a partir dessa experiência, a experiência da grandeza e da pequenez de nosso Deus, que se torna humano, próximo, vivendo em tudo a condição humana, menos o pecado. Eis a graça que se manifesta, plantando no chão da história aquilo que realmente conta para a humanidade: o amor, a solidariedade. No Filho de Deus nos tornamos filhos e a dignidade humana é restabelecida para sempre. Deus se fez um de nós. A humanidade não estará mais sozinha. Por isso o Natal é sempre uma grande festa, uma tentativa constante de aproximação desse grande mistério de amor onde Deus nos mostra a sua face – face misericordiosa, onde o que era mistério, nascendo se revelou.

                   Qual deve ser nossa atitude? Não deixar passar despercebido o grande Dom de Deus, um Filho. Fazer o Natal ir além das aparências e da artificialidade para ser o Natal humano e acolhedor, que permanece como meta a ser alcançada e vivida nos gestos de comunhão, partilha e corresponsabilidade, sobretudo, na defesa da vida, desde sua concepção até o seu fim natural. Como não pensar e elevar nossas mentes e corações para as populações que estão sendo forçadas a deixar sua pátria, casa e trabalho em busca de refúgio e de melhores condições de vida; populações perseguidas, e martirizadas, sobretudo, por sistemas políticos, sociais e religiosos fundamentalistas e intolerantes. Celebram verdadeiramente o Natal, os que não se fecham aos apelos dos pequenos, dos pobres, indefesos e violentados de tantos modos, os que colaboram na promoção de uma cultura humana e cristã, promotora da paz, com verdadeira liberdade, onde ninguém seja excluído.

                    Contemplemos, adoremos o menino que nasceu como fizeram Maria, José, os Pastores e os Magos. Abramos os corações, façamos o propósito sincero de colaborar na construção de um mundo novo, reconciliado, onde todo ódio, egoísmo e ressentimento sejam banidos. A manjedoura de Belém continua a nos interpelar e a apontar o caminho a ser percorrido. A partir dela se prolonga a justiça de Deus que restaura a nossa vida, a vida dos animais, das plantas e de todo o universo. Eis a autenticidade do Natal.

                    Um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz a todos os nossos irmãos bragantinos e a toda Diocese de Bragança Paulista.

                                                                                                                              

Dom Sérgio Aparecido Colombo

Bispo Diocesano.

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