A Santa Missa

A Santa Missa

POSTADO EM 20 de AGOSTO de 2017

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A Santa Missa

Formação Litúrgica, por Dom Sérgio Aparecido Colombo

- Ritos iniciais.

Irmãos e Irmãs!

“A Igreja se reúne. Quem celebra é a Igreja. Batizados deixam suas casas para celebrar Cristo na sua vida e sua vida em Cristo. Reunir-se é tornar visível a Igreja, visibilizar a comunhão profunda que nos une para além das nossas diferenças: ‘a multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma’ (Atos 5,32). Está é a meta dos ritos iniciais: ‘fazer com que os fiéis reunidos constituam uma comunidade celebrante, disponham-se a ouvir atentamente a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia’” (Instrução Geral do Missal Romano – IGMR, 46).

Os ritos iniciais constituem-se do canto de entrada, saudação ao altar e ao povo reunido, ato penitencial, hino do glória e oração do dia (coleta).

a) Canto de entrada.

Esse canto pré-dispõe a comunidade à celebração do Mistério de Cristo, evidencia a participação de toda assembleia com a valorização da procissão de entrada dos ministros diversos com a cruz, velas e conforme o tempo e circunstâncias, o círio pascal, o incenso etc..., e está relacionado com o tempo litúrgico ou a festa que se celebra.

b) Saudação do altar e do povo.

O altar é símbolo de Cristo, sacerdote e vitima do sacrifício da Nova Aliança, centro da assembleia sacerdotal que torna presente esse mesmo sacrifício. Por essa razão, quando chegam ao altar o sacerdote presidente (e demais sacerdotes se houver), e os diáconos beijam o altar. Os demais ministros o veneram. Dirigindo-se à sede o presidente faz o sinal da cruz e saúda a assembleia. É importante nesse momento uma saudação espontânea aos visitantes (se houver) ou pessoas específicas em ocasiões especiais (pais, mães, batizados, noivos, etc...).

c) Ato penitencial.

Embora não seja sacramento, o ato penitencial comporta um momento de silencio, pré-dispõe a comunidade reunida à participação na celebração e expressa o desejo de conversão. Devem ser usadas as fórmulas do Missal Romano. Pode ser cantado. Atenção: só o canto ou recitação do Kyrie – Senhor tende piedade de nós não caracteriza o ato penitencial que é sempre concluído com a absolvição do sacerdote presidente.

d) Hino do glória.

“O Glória é um hino que data do século II. A Igreja reunida no Espirito Santo louva o Pai e suplica ao Filho, Cordeiro e Mediador. É cantado ou recitado aos domingos – exceto no tempo do advento e da quaresma – , na Solenidades e festas, bem como em algumas celebrações mais solenes (cf. IGMR, 31). O texto desse hino não pode ser substituído por outro. É iniciado pelo sacerdote, ou, segundo a conveniência, pelo cantor ou pelo coro”. Tanto o Glória como o Kyrie, toda assembleia deve cantar, não só quem preside ou o coro.

e) Oração do dia (coleta).

É chamada de coleta porque recolhe todas as intenções da comunidade, não só aquelas que foram anunciadas. Por isso, o sacerdote exorta a assembleia com o Oremos, faz um breve silencio e depois, abrindo os braços dirige-se ao Pai para elevar a oração por Cristo no Espirito Santo. A assembleia dá o seu aval com o Amém (cf. IGMR, 32). Essa oração é presidencial.


- Liturgia da Palavra.

Embora a Liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia estejam estritamente unidas e formem um único ato de culto, trataremos aqui da Liturgia da Palavra.

A Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium – sobre a Sagrada Liturgia recorda que “na liturgia Deus fala a seu povo e Cristo continua a anunciar o Evangelho” (nº 33). O destinatário da Palavra anunciada é o povo reunido e congregado pelo Espirito Santo. Concebida dentro de uma estrutura dialogal, DEUS FALA (leituras bíblicas, principalmente o Evangelho com sua aplicação à vida – homilia) e o POVO RESPONDE (salmo responsorial, canto do aleluia, silencio, profissão de fé e oração da comunidade). A palavra anunciada possibilita compreender os fatos da realidade, corrigir os rumos, animar e dar força na caminhada.

A primeira leitura é normalmente um texto do primeiro testamento e sempre escolhida em relação ao Evangelho daquele domingo ou solenidade. O salmo é sempre resposta alegre à Palavra anunciada. Nos domingos e dias santificados, a segunda leitura apresenta os textos significativos das Cartas Apostólicas, sobretudo, contidas no segundo testamento. O canto de aclamação ao Evangelho é um versículo – síntese do Evangelho a ser anunciado. Assim de domingo a domingo, festa em festa, a comunidade vai sendo alimentada com o Pão da Palavra que revela o Mistério de Cristo, comunica sua força e nos transforma em suas testemunhas.

Lembramos que o Evangelho é o ponto culminante da Liturgia da Palavra. Quem o proclama é sempre o ministro ordenado: O Diácono, o Presidente da Celebração no caso de não haver um Diácono ou um sacerdote concelebrante. A comunidade reunida deve sempre estar em pé para ouvi-lo. Pode ser incensado antes de ser anunciado, sobretudo nas festas e solenidades.

“...Quanto à homilia, a mesma é sempre um diálogo amoroso entre Deus e o seu povo. Aquele que prega deve conhecer o coração da sua comunidade, para identificar onde está vivo e ardente o desejo de Deus e também onde é que este diálogo de amor foi sufocado e não pode dar fruto. A homilia não pode ser um espetáculo de divertimento, não corresponde à lógica dos recursos mediáticos, mas deve dar fervor e significado à celebração...” (Evangelii Gaudium, nos. 137 – 138).

Falar bonito e impressionar os presentes é muito pouco. O Papa Francisco recorda ainda na sua carta apostólica Misericórdia et Misera, por ocasião do encerramento do Ano Extraordinário da Misericórdia, que a homilia é um momento para experimentar concretamente a proximidade da Assembleia reunida com a palavra de Deus. Ela deve fazer vibrar o coração dos que creem perante a grandeza da misericórdia, e continua: “recomendo vivamente a preparação da homilia e o cuidado na sua proclamação. Será tanto mais frutuosa quanto mais o sacerdote tiver experimentado em si mesmo a bondade misericordiosa do Senhor. COMUNICAR A CERTEZA DE QUE DEUS NOS AMA NÃO É UM EXERCÍCIO DE RETÓRICA, MAS CONDIÇÃO DE CREDIBILIDADE DO PRÓPRIO SACERDOTE...” (nº 6).

- Questões práticas:

A Palavra precisa ser proclamada e não apenas lida. Do Ambão – lugar para onde se sobe. Deve ser proclamada do Lecionário, livro que contém as lições selecionadas pela Igreja ao longo dos séculos. Para os domingos – Lecionário Dominical, para a semana – Lecionário Semanal, para as festas dos santos – Lecionário Santoral. Pode–se usar o Evangeliário nos domingos e festas para dar destaque e solenidade ao Evangelho, centro da Palavra de Deus. É urgente que nossas Paróquias e Comunidades preparem leitores e salmistas. Conhecer, sintonizar e rezar o texto antes de proclamá-lo, é fundamental. Nunca subir ao Ambão com papel na mão. Dizer sempre: Leitura do Livro ... ou, Leitura da Carta de.... Cuidado com os ruídos litúrgicos. Ex. Não dizer o nome da pessoa que vai proclamar a leitura, porque a Palavra que é o centro, não pode ser desviada, mesmo que seja por um instante, para o nome da pessoa que vai fazê-lo.

- A Profissão de Fé:

A Instrução Geral sobre o Missal Romano – IGMR, lembra que “o símbolo ou profissão de fé tem por objetivo levar o povo a dar sua resposta de adesão à Palavra de Deus ouvida nas leituras e na homilia, bem como recordar-lhe a regra de fé antes de começar a Celebrar a Eucaristia” (nº67). A profissão de fé ou o credo contem aquilo que nossos “pais na fé” viveram e que nos também vivemos. A forma mais comum de profissão de fé é o chamado Símbolo Niceno: Creio em um só Deus... O Símbolo dos Apóstolos: o creio em Deus Pai... mais bíblico, mais próximo do querígma original (querígma = anúncio pascal), encontrando em textos do novo testamento, como At 2, 22-23; 3,13-17; 10,39-40... é rezado na Liturgia Batismal e nas devoções populares, inclusive no inicio do terço. É rezada nos domingos e solenidades por todo o povo unido ao presidente da celebração (cf. IGMR, nº68).

- Preces da Comunidade:

Elas encerram a Liturgia da Palavra. São ainda, resposta à Palavra que foi anunciada. Não se trata de coisas já prontas escritas em folhetos. “...Elas devem brotar do fundo do coração, tocado pela Palavra de Deus e movido pelo seu Espirito, no momento da celebração. As preces que já vem prontas no folheto ou no missal, podem até ajudar, mas não dispensam as preces que brotam da comunidade celebrante, que ouviu com atenção a Palavra e, com fidelidade, deseja vive-la. É necessário, então, deixar espaço para participação com preces espontâneas ou mesmas feitas em silêncio. E quem preside finaliza com uma oração conclusiva, apresentando-as ao Pai por meio de Jesus Cristo” (Liturgia em Mutirão – Subsídios para Formação, pag. 121) .

- Apelo ao silêncio:

A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de maneira a favorecer a meditação e, por isso, deve evitar qualquer forma de apressamento que impeça o recolhimento. O diálogo entre Deus e os homens, com a ajuda do Espirito Santo, requer alguns breves momentos de silêncio, adaptados à Assembleia presente, para que, neles, a Palavra de Deus seja acolhida interiormente e se prepare a resposta por meio da oração. Esse silêncio pode ocorrer antes do começo da Liturgia da Palavra, depois das leituras, ou ao término da homilia” (cf. Ordo de leituras da Missa – OLM, nº28).


- Liturgia Eucarística:

“ De fato, eu recebi pessoalmente do Senhor aquilo que transmiti para vocês: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, o partiu e disse: “Isto é o meu corpo que é dado para vocês; façam isto em memória de mim”. Do mesmo modo, após a ceia, tomou também o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue; todas as vezes que vocês beberem dele, façam isso em memória de mim”. Portanto, todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor até que ele venha” (1Cor 11, 23-26).

A Eucaristia é essencialmente o memorial da morte e ressurreição do Senhor sob o sinal do pão e do vinho, oferecidos em refeição, ação de graças e súplica. A Eucaristia é o sacramento por excelência da páscoa cristã. Ela significa, realiza e torna presente e sempre atual o mistério pascal de Jesus. Como pede a Constituição Sacrosanctum Concilium – sobre a liturgia, nº 11, do Vaticano II, dela somos
convidados a participar de modo ativo, consciente, plena e frutuosamente, sendo com Cristo oferenda espiritual, agradável ao Pai e serviço gratuito aos irmãos.
A liturgia eucarística acompanha, portanto, as ações de Jesus na ultima ceia, desde os primeiros tempos do cristianismo:

- Ele tomou o pão... o cálice... = preparação da mesa com a apresentação dos dons ,

- ele pronunciou a benção (sobre o pão e o vinho) = oração eucarística – AÇÃO DE GRAÇAS,

- ele partiu (o pão) = fração do pão,

- ele deu (o pão e o cálice com vinho) dizendo... = comunhão.

A Igreja conservou através dos séculos, esses gestos que constituem a essência da Celebração Eucarística. Em cada Celebração Eucarística, Jesus refaz conosco os gestos de tomar nas mãos o pão e o cálice com o vinho, dar graças, partir e entrega-los dizendo: Isto é meu corpo entregue, meu sangue derramado... é minha vida doada por vocês e por muitos... Comendo deste pão e bebendo deste vinho, vocês ficam unidos a mim, formando como que um só corpo comigo. Façam o que eu fiz. Coloquem sua vida a serviço de Deus, a serviço uns dos outros. Amem-se uns aos outros para que se realize o Projeto do Pai... numa sociedade de iguais, de irmãos, sem excluídos...

A semelhança de nossas refeições, a primeira ação que realizamos na liturgia eucarística é preparar a mesa e apresentar os alimentos. Pão e vinho, frutos da terra e do trabalho humano, são os elementos essenciais trazidos e colocados sobre o altar – nada mais. Conforme o Missal Romano, o pão precisa realmente parecer pão e o vinho seja para todos. O que nem sempre se percebe.

É importante não confundir apresentação das oferendas ou dos dons com ofertório. Por sua vez não deve haver um ofertório nosso, desligado do ofertório de Jesus, pois somos com ele um só corpo! E esse único ofertório acontece no momento em que pela ação do Espírito Santo, nossa vida unida a vida de Jesus, torna-se oferenda perfeita entregue com ele, por ele e nele, em louvor ao Pai na unidade do Espírito Santo.

A apresentação das oferendas é sempre um momento de alegria, de gratidão, de disponibilidade para fazer de nossa vida um dom a serviço de Deus e dos irmãos. A apresentação das oferendas é em geral acompanhada por um canto e até por alguns gestos. A COLETA, gesto de partilha gratuita com os irmãos, com alimentos, dinheiro ou outras ofertas ganha valor de culto quando integrada nesse mistério.
Na liturgia eucarística desde o inicio da oração eucarística nós damos graças com Cristo ao Pai. É nossa vocação fundamental dar graças reconhecendo que toda nossa vida é DOM, é GRAÇA, é presente gratuito de Deus, sempre fiel a aliança e, reconhecendo ao mesmo tempo, nossa constante infidelidade. É nossa salvação fazer da vida um dom, uma doação generosa aos irmãos, amando até o fim como fez Jesus.
Dar graças, entregando a vida com Cristo ao Pai. É o que realizamos na grande e solene prece de aliança que é a oração eucarística, enraizada nas bênçãos judaicas, particularmente nas bênçãos de alimentos. Toda refeição judaica e, em particular a ceia pascal, começa sempre por uma ação de graças, uma benção, seguida súplica para que Deus continue sendo pródigo com seu povo.

Dar graças e bendizer são dois verbos sinônimos que guardam o mesmo significado e indicam os que os judeus chamam (no hebraico) a berâkâh e que o novo testamento chama de eucaristia: no grego eucharistein (eu = bom, bem; charis = graça, dom, favor) quer dizer “quanto é belo, quanto é bom o presente que ofereces!”.
Em que consiste essa ação de graças que é toda a Oração Eucarística?
Consiste em, juntos lembrar, agradecer, adorando ao Pai pelas maravilhas que fez por nós na pessoa de Jesus, seu Filho amado, principalmente pelo mistério de sua morte e ressurreição. Confiados nessa ação maravilhosa do Senhor, suplicamos que o Pai envie o seu Espírito para transubstanciar o pão e o vinho no corpo sacramental de Jesus e transformar a nós comungantes, no corpo eclesial (da Igreja) do ressuscitado.
Jesus na ultima ceia tomou em suas mãos o pão e o vinho e deu graças primeiro. Depois entregou-os para serem comidos e bebidos. Esta sequencia nos apresenta um dado importante da espiritualidade judaica, calcada na aliança, que foi assumida por Jesus e pelas comunidades cristãs. Bendizer e depois comer. Agradecemos e depois comungamos. O pão que comemos e o vinho que bebemos é o pão e o cálice da benção, da ação de graças (cf. 1Cor 10, 16-18). Atenção: Por ser pouco compreendida, a oração eucarística é feita, muitas vezes, com pressa, sem convicção, sem alegria e que não suscita gratidão... Por isso, ainda é comum pessoas acharem que o momento mais apropriado de agradecer a Deus na missa é só após a comunhão. Pensam que é um momento isolado de ação de graças, quando toda a eucaristia é ação de graças. A doxologia final que exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e concluída pela aclamação – AMÉM do povo, é proferida pelo sacerdote presidente sozinho ou por todos os concelebrantes com ele (IGMR, 191).


- Ritos da Comunhão.

Os ritos da Comunhão se compõem das seguintes orações e gestos.

A Oração do Senhor.

Nessa Oração é reconhecida a Santidade de Deus, que venha o seu Reino e a sua vontade se estabeleça na terra como no céu. Pede-se ainda o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo, o Pão Eucarístico, implora-se o perdão dos pecados, a vigilância para não cair em tentação e a libertação de todo mal.

O presidente da celebração e o povo recitam juntos a Oração do Senhor que, continua com o embolismo (livrai-nos de todos os males...), e que o povo encerra com a doxologia (vosso é o reino, o poder...). O embolismo (que continua o sentido da oração precedente) e a oração da paz são presidenciais, proferidos só pelo presidente da celebração. O rito da paz exprime sempre a mútua caridade que dispõe a assembleia para participar do mesmo pão. Que o abraço da paz seja sóbrio e dado aos que estão mais próximos. Cuidado para não criar ruídos que desfavoreçam a dignidade da celebração.

Fração do Pão.

A fração do pão – ação ritual visível, reporta ao “gesto realizado por Cristo na última Ceia e que nos tempos apostólicos foi o que serviu para denominar a íntegra da ação eucarística”. Este gesto “significa que muitos fiéis, pela comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo”. A mesma inicia-se terminado o abraço da paz, com a devida reverencia, contudo, de modo que não se prolongue desnecessariamente, nem seja considerada de excessiva importância. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono, ficando, portanto, excluídos os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Canta- se durante a fração do pão o Cordeiro de Deus, que pode se repetir quantas vezes for necessário até o final do rito, concluindo com as palavras dai-nos a paz.

Comunhão

O sacerdote reza em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e o Sangue do Senhor. A comunidade reunida o acompanha em silêncio fazendo o mesmo. A seguir mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice (decreto sobre a terceira edição típica do Missal Romano) e os convida ao banquete de Cristo. Fiéis e sacerdote recebam o Corpo do Senhor em hóstias consagradas na mesma Missa e participem do mesmo cálice, para que também através dos sinais, a comunhão se manifeste mais claramente como participação no sacrifício celebrado atualmente. A distribuição da sagrada comunhão é feita pelo celebrante, diácono (se houver) e conforme a necessidade, por ministros leigos extraordinários da sagrada comunhão. Durante a mesma canta-se um canto apropriado.

Comunhão sob as duas espécies.

A Instrução Geral do Missal Romano, de 20 de abril de 2000 afirma: a comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal, quando sob as duas espécies. Sob esta forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de se realizar a nova e eterna aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no Reino do Pai”. (IGMR, 281). “Ao Bispo se concede a faculdade de permitir a comunhão sob as duas espécies sempre que isso parecer oportuno ao sacerdote a quem, como pastor próprio, a comunidade está confiada, contanto que os fiéis tenham boa formação a respeito e esteja excluído todo perigo de profanação do sacramento ou o rito e torne mais difícil, por causa do numero de participantes ou por outro motivo”. (cf. IGMR, 283).

Atenção: Na diocese de Bragança Paulista o Bispo concedeu a faculdade para a comunhão sob as duas espécies, observadas as disposições na Instrução Geral do Missal Romano, dos números, 240 – 252.

Terminada a comunhão dos fiéis, observe-se um tempo de silêncio. Não é momento para recitar orações como pai nosso, ave-maria, cantar “cantos de ação de graças” ou ler mensagem final, pois toda a Eucaristia é Ação de Graças. Muitas vezes tem se a impressão de que a Celebração Eucarística não foi suficiente, e isto porque, como disse Bento XVI, rezamos muito mal, sem mística, sem espiritualidade, sem a contemplação do mistério, no barulho e no muito falar.


- Ritos finais.

Antes da benção final e da despedida podem ser dados à comunidade, os avisos ou informações. Que sejam breves.

“A benção em nome da Trindade expressa que a celebração se prolonga na vida cotidiana em todas as suas dimensões: pessoal, familiar, social, política... Ite Missa Est: Agora começa a missão. É importante valorizar as varias possibilidades de bênçãos e orações sobre o povo que o Missal Romano apresenta acompanhando os tempos e festas litúrgicas. Também poderá ser cantada.

O celebrante ou o diácono (se houver) beijam o altar, fazem reverência ao mesmo, e se retiram para a sacristia enquanto canta-se o canto final.

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