Homilia na ordenação presbiteral do Diácono Danilo Teixeira da Silva
Homilia na ordenação presbiteral
Diácono Danilo Teixeira da Silva
Igreja Matriz do Bom Jesus da Pedra Fria
Terra Preta -Mairiporã (SP)
17 de junho de 2017
Irmãos e Irmãs!
Nesta Eucaristia, que celebramos com alegria, por graça e bondade de Deus, ordenaremos presbítero o nosso irmão, Diácono Danilo. Membro do povo de Deus, que é um povo sacerdotal, pela força do sacramento que receberá, na Igreja, exercerá o ofício sacerdotal em favor de toda a humanidade. Ele será colaborador do Bispo, como os apóstolos foram de Jesus, na função de Mestre, Sacerdote e Pastor, edificando o Corpo de Cristo que é a Igreja, povo de Deus e Templo do Espírito Santo.
A primeira leitura que acabamos de ouvir do livro do Êxodo nos reporta à Aliança do Sinai, onde o povo foi chamado a comprometer-se com aquele mesmo Deus que o libertou da escravidão do Egito. Portanto, não um Deus qualquer, uma divindade comum ou corriqueira que teve a oportunidade de conhecer, associada ao poder e à opressão, mas um Deus que gratuitamente se ofereceu para continuar em sua vida e em sua caminhada, um Deus que à ele dá nova oportunidade, de passar de uma situação de escravos errantes para a situação de povo, com uma condição apenas: “que obedeça a sua voz e guarde a sua Aliança” ( Ex 19, 5).
Querido irmão, a primeira lição a ser abraçada consiste em que você seja defensor dessa Aliança como foi Moisés, colocando-se a serviço dela e renovando-a sempre com firmeza e alegria junto à comunidade que lhe for confiada.
No texto do Evangelho nos deparamos com Jesus que “compadeceu-se da multidão porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor” (Mt, 9, 36), o que o levou a pedir aos seus discípulos que orassem ao Senhor da messe que enviasse operários para nela trabalhar. Quanto aos que ele já havia escolhido, enviou-os em missão, para anunciar o reinado de Deus, não só com palavras mas com exemplos, expulsando os espíritos imundos e curando toda a enfermidade.
A segunda lição que você é chamado a acolher está precisamente aí: ser um pastor configurado a Jesus Cristo, o Bom Pastor, capaz de compadecer-se dos sofredores e olhar para eles com o olhar do próprio Jesus, curvando-se diante deles e exercendo o seu ministério no resgate da vida ferida.
Com o óleo da esperança e da consolação, faça-se próximo de cada um daqueles que são os preferidos do Mestre, confiando-se ao Senhor que o chamou, deixando-se encontrar com as pessoas e, ao mesmo tempo, fazendo-se encontro. Jamais seja um sacerdote burocrata ou um funcionário anônimo da Instituição que é a Igreja. Meça sempre a sua consagração pelos critérios do amor e da generosidade, nunca pelos critérios da eficiência.
A terceira lição pede que você seja capaz de colocar no seu trabalho o coração, não se deixando levar por projetos de grandeza ou poder. Faça crescer em você a estima, o apoio de todos, favorecendo a comunhão fraterna.
Caminhe com os irmãos de presbitério e, entre eles, deixe transparecer o perfume de sua consagração, cujo nome será sempre simplicidade e doação.
Termino com a homilia ritual da ordenação de presbíteros: “Desempenha, portanto, com verdadeira caridade e contínua alegria, a Missão do Cristo Sacerdote, procurando não o que é teu, mas o que é de Cristo. A mãe dos sacerdotes, exemplo de amor e de serviço, o acompanhe sempre. Amém.
Danilo: “Deus é o meu juiz”. Não tenha medo de a cada dia deixar-se julgar por ele e, com os critérios de misericórdia com que você é julgado, julgue as situações desafiadoras em que se encontrar, sobretudo no exercício da cura pastoral.
+ Sérgio,
Bispo Diocesano