Sintese da Homilia de Dom Sérgio proferida na Catedral de São Miguel Arcanjo por ocasião da Novena do Padroeiro
Carta Encíclica do Papa Francisco
Laudato Si – II Capitulo
Em sua Carta Encíclica, o Papa Francisco faz uma constatação: nossa casa comum (o planeta) esta ferida. Há uma cadeia de situações que estão a exigir mudanças substanciais, para que seja possível um desenvolvimento sustentável. Cresce a consciência desta situação, que exige o compromisso de todos: Igrejas e religiões, crentes e não crentes, homens e mulheres de boa vontade, instâncias nacionais e internacionais, cada qual com suas convicções, de que o futuro do planeta – nossa casa comum, esta em nossas mãos. No segundo capítulo da Encíclica, o Papa apresenta o Evangelho da criação, e busca iluminar toda sua reflexão a partir dele.
1. A apresentação da criação do homem e da mulher e de todo universo como comunhão, com a exigência do cuidado: Deus submeteu tudo ao homem, para que ele tudo transformasse, sem depredar ou destruir, e viu que tudo o que havia criado era muito bom.
2. O Papa lembra que nas narrações bíblicas sobre as origens do ser humano: homem e mulher, as relações não se separam: Deus – próximo – terra.
3. Negligenciar ou ferir estas relações é por a vida em jogo. Tudo fica ameaçado de destruição. A criação – universo pertencem a ordem do amor, da gratuidade.
4. O homem é incapaz por si só de compreender a grandeza destas relações: criação – natureza – universo. E tudo foi dado, colocado a sua disposição para o cultivo e o cuidado. Tudo é mais que a razão e sua compreensão tecnológica. É o Espirito de Deus que preenche todo o universo que nos faz compreender estas relações. Cada vez mais imbuídas do espirito de mercantilização.
5. Cada criatura tem uma função e nenhuma é supérflua. Todo universo material é uma linguagem do amor de Deus do seu carinho sem medida por nós. O solo, a água, as montanhas: tudo é caricia de Deus, expressão concreta de sua presença. Tudo dele procede e conduz a ele. Nada é estranho a ele e o ser humano é expressão máxima de sua presença.
6. Na preocupação com a casa comum, com meio ambiente, a peculiaridade do cuidado repousa sobre o ser humano. Ele precisa ser tratado com dignidade não pode ser descartado, não pode sobrar. Ele é o primeiro responsável por tudo, por ordem do próprio Criador. Por sua vez diz o Papa, não aceitamos que seja maltratada a natureza ou os animais, pois fazê-lo é estar a um passo de maltratar o ser humano, imagem e semelhança de Deus.
7. Não somos proprietários de nada, e ao mesmo tempo, responsáveis por tudo, administradores dos bens de modo a não faltar nada a ninguém. Nossa casa comum será o que dela fizermos.
8. Nosso olhar deve ser o olhar de Jesus, o Cristo, com clareza, grandeza, nobreza, simplicidade e gratuidade, pois o mistério dele, diz respeito a toda criação: “todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Cl 1,16). Uma pessoa da Santíssima Trindade inseriu-se no universo criado, partilhando a própria sorte com ele até a cruz.
9. “Foi nele que aprouve a Deus fazer habitar toda plenitude e, por ele e para ele, reconciliar todas as coisas..., tantos as que estão na terra como as que estão no céu” (Cl 1,19-20).
10. Da criação à restauração de todas as coisas em Cristo, a centralidade do homem em todo universo.
+ Sérgio.