COLÓQUIO ACADÊMICO: “DO CONFLITO À COMUNHÃO”

COLÓQUIO ACADÊMICO: “DO CONFLITO À COMUNHÃO”

POSTADO EM 08 de Setembro de 2017

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A Diocese de Bragança e a Universidade São Francisco realizaram em 1º de setembro, na USF, o Colóquio Acadêmico com o tema: DO CONFLITO À COMUNHÃO, em comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante organizado pela Comissão Diocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso para tratar do importante momento histórico que marcou as esferas religiosa, política e social, em nível global, na passagem da Idade Média para a Era Moderna.

O Pastor Lauri Emílio Wirth, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), fez uma síntese do contexto da época quando os fundamentos da velha sociedade medieval, desde muito tempo, estavam ruindo e uma nova sociedade estava surgindo. Ai,  o reformador Martinho Lutero mostra a sua visão bíblica-teológica  nascausas religiosas, dentre outras: corpo eclesial lamentável;a questão da vendas das indulgências;tradução da Bíblia para a língua alemã.Com relação ao sistema econômico capitalista emergente: o comércio abusivo, a ganância, a usura, a idolatria do dinheiro “Mamom”.  A Teologia frente a economia nascente com relação ao primeiro mandamento: “Não terás outros deuses”, Lutero advertia:“Aquilo, pois, a que prendes o coração e te confias, isso, digo, é propriamente o teu Deus” (Catecismo Maior).

Já,  o padre Benedito Ferraro, da Igreja Católica Apostólica Romana, (ICAR) mostrou a trajetória de reformadores desde os primeiros séculos da Igreja motivados principalmente pela procura de uma Igreja mais pobre e mais pura, e, a caminhada ecumênica, a partir de igrejas protestantes, visando restaurar a unidade, lembrando que a restauração da unidade é um processo espiritual e a Igreja está sempre se reformando, se purificando e se renovando.

Esse caminho de comunhão estende-se também no contato e no relacionamento respeitoso com grupos religiosos não cristãos,

Participantes questionaram dois aspectos atuais: que o movimento ecumênico não pode ficar somente na discussão teológica devendo partir para a ações concretas conjuntas em favor da melhoria de vida do povo, e: que a caminhada ecumênica é pouco conhecida pela maioria da população.

O momento religioso conduzido pelo Reverendo Roberto Enzo, da Igreja Presbiteriana Unida de Atibaia, nos fez refletir, emocionados com a belíssima apresentação do Coral Bel Canto, sob a regência da Maestrina Magda Jarussi,“Oh, como é bom, como é  agradável para irmãos unidos viverem juntos” (Salmo 133,1).

Dom Sérgio Aparecido Colombo, finalizou o encontro dizendo estar muito feliz pela sua realização, apesar de lamentar a ausência de muitos, lembrando que embora o  tema do colóquio fosse “Do Conflito à Comunhão”,  nome do documento elaborado pela comissão bilateral Luterana-Catolico-Romana, o momento foi de celebrar a “Comunhão”  com tantos irmãos e irmãs de diversas igrejas e crenças. 

A comissão organizadora agradece a todos que colaboraram para a concretização do evento esperando ter contribuído para “não obstruir os caminhos da Providência;  não prejudicar os futuros impulsos do Espírito Santo (UNITATIS REDINTEGRATIO, 24)”, e, um melhor entendimento da Reforma Protestante.

Maria Bueno, pela Comissão

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