Intenções de Missa

Intenções de Missa

POSTADO EM 06 de Fevereiro de 2019


Intenções de Missa

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Está bem difundido nas comunidades o costume de anunciar, antes do início da Missa, as intenções pelas quais será celebrada a Eucaristia.

1. O costume de “mandar celebrar Missa”

As pessoas procuram o sacerdote ou vão até a secretaria da igreja e solicitam que a Missa de um determinado dia, no horário estabelecido, seja aplicada numa determinada intenção: por alma de um falecido, ou em ação de graças por um aniversariante, ou pelo sucesso de uma operação… e assim por diante.

2. Como é que nosso povo entende esses procedimentos?

Entende que a Missa, que o sacrifício de Jesus na cruz, tem um valor espiritual infinito. Portanto, aplicar a Missa por um falecido, por um doente ou em ação de graças é encomendar a oração mais poderosa que se pode oferecer.

Em princípio, tal costume não merece objeção. Porém, com freqüência, acontecem desvios. Há pessoas que “encomendam” a missa, mas, não se envolvem, não se interessam pessoalmente pela celebração; imaginam que sua própria participação na oração não é nem mesmo necessária, pois o efeito do sacramento depende apenas do ministro ordenado. Se foi registrada a intenção o efeito seria automático.

3. Qual a maneira correta de colocar as intenções?

Cada membro da assembleia pode e deve participar ativamente na Missa. A intenção que foi encomendada deve estar, em primeiro lugar, dentro do nosso próprio coração. Mais importante e mais relevante que a leitura da lista de intenções antes do início da Missa, muitas vezes extensa e monótona, é estar consciente de que podemos nos unir com Jesus que se oferece no sacrifício do altar, colocando mentalmente nossas intenções. Interessante é que há momentos específicos para isso na própria estrutura da celebração:

– Quando chegamos à igreja e, em silêncio, nos colocamos diante do sacrário, fazendo já nossas intenções;

– Quando o sacerdote, depois do Ato Penitencial ou do Glória diz “oremos”, antes da primeira oração da Missa;

– Durante as preces dos fiéis (pena que em muitos lugares não se reserva um tempinho em silêncio para que cada um reze por suas intenções particulares);

– Durante a Oração Eucarística, quando se reza pela Igreja, pelo Papa, pelo bispo… é o momento de rezar pelos vivos. É mais um momento para colocar, em silêncio, nossas intenções particulares;

– Ainda durante a Oração Eucarística, quando se reza pelos que já deixaram esta vida (momento de silêncio). É o momento de rezar, no silêncio do coração, pelos nossos falecidos;

– Quando se reza pela paz, outro momento privilegiado para colocarmos nossas intenções, agradecer ou pedir pelos que sofrem ou necessitam de uma graça especial;

– Na hora da comunhão, estando com Ele dentro do coração. É hora de lhe falar sobre as nossas intenções, na intimidade e na profundeza da fé.

Pare um pouquinho para pensar: Será que a gente não desperdiça essas excelentes oportunidades de colocar bem dentro do Coração de Jesus as nossas intenções, aquelas que de fato podem brotar do nosso próprio coração. “Mandar celebrar Missa”, o que relativamente é muito fácil, e depois não participar devidamente e conscientemente da Eucaristia acaba sendo um aberrante contrassenso. Você não acha?

4. Missa “Pro populo”

Todos os Párocos e Administradores estão obrigados a aplicar uma Santa Missa, pelos vivos e falecidos de sua Paróquia, aos Domingos e dias santos de guarda (cân. 534). 

Padre Marcio Canteli

Fonte: paroquiadapiedade.com.br

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