As Boas Ideias não caem do céu

As Boas Ideias não caem do céu

POSTADO EM 09 de Dezembro de 2016

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Por: Pe. Francisco Gilson de Souza Lima

“[...] A pastoral ou a ação evangelizadora da Igreja é uma ação sob o dinamismo do Espírito Santo, na concretude da história, que pressupõe o discernimento da realidade, à luz dos desígnios de Deus codificados na Palavra revelada. A pastoral é, portanto, uma ação pensada teologicamente e apoiada nas ciências. Em outras palavras, uma ação com teoria, que se remete aos conteúdos [da prática] da fé. [...]” (Dicionário do Concílio Vaticano II, verbete Pastoral).

Caríssimos, irmãs e irmãos!

No dia 07 de dezembro, por meio da Chancelaria, nosso Bispo Diocesano, Dom Sérgio, anunciou a toda Diocese a nova Coordenação de Pastoral. Essa é configurada pelo Bispo, em primeiro lugar, que é o pastor próprio da diocese, mais os seus cooperadores: Coordenador da Ação Pastoral Evangelizadora e Vigários Regionais. Esses últimos, por sua vez, para uma ação eficaz, devem estar intimamente ajustados com os coordenadores diocesanos das mais variadas pastorais e movimentos, em toda diocese; coordenadores e assessores diocesanos com coordenadores e assessores regionais (se houver) e paroquiais.

Observamos, portanto, que a Ação Evangelizadora na Diocese não é trabalho de uma pessoa isolada, mas de um conjunto: sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas, convictos de que o Evangelho deve ser vivido e testemunhado. É uma pastoral de conjunto que faz a ação evangelizadora chegar aos confins do mundo (cf. At 1,8); e os confins do mundo, numa ação missionária ad intra e ad extra, podem ser desde o espaço paroquial ao espaço diocesano que, por sua vez, é parte do Corpo de Jesus: a Igreja. “Jesus Cristo é a fonte de tudo o que a Igreja é e de tudo o que ela crê. [...]” (3º Plano Pastoral da Diocese de Bragança Paulista, n. 7).

Quando li no livro de Agenor Brighenti “[...] as boas idéias não caem do céu, mas brotam da realidade. [...]” (A Pastoral dá o que pensar, 2006), logo compreendi que não se pode pensar uma ação evangelizadora a partir de uma pessoa, mas do conjunto a que se destina. Assim, ao assumir o ofício de Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora tenho a convicção de que o nosso chamado é promover a comunhão pastoral na diocese. Por isso, quero poder contar com as boas ideias tanto de sacerdotes quanto de leigos, inseridos nas realidades dos 18 (dezoito) municípios que compõem a nossa Diocese, para que possamos pensar, juntos, ações que promovam a evangelização ou incentivem as que já existem. Com apenas uma perna uma pessoa não anda, mas apenas saltita, e com muita dificuldade. Assim, compreendo que, no espírito de diocesaneidade, o Bispo e o Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora são apenas uma perna do Corpo, enquanto que a outra é formada por padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas, para que o caminho da evangelização possa ser trilhado com mais facilidade.

Que o Espírito Santo, principal agente evangelizador, ajude-nos na missão que recebemos: “enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar. [...] e os enviou dois a dois à sua frente a toda cidade e lugar onde ele próprio devia ir” (Lc 9,2; 10,1). “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19). Que a Virgem Maria, Nossa Senhora Imaculada Conceição, nos guarde e nos ensine a trilhar o caminho de seu Divino Filho. Amém.

Atibaia, na Solenidade da Imaculada Conceição, de 2016.

Pe. Francisco Gilson de Souza Lima

Coordenador Diocesano da Ação Pastoral e Evangelizadora

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