Comunicar a verdade: não compartilhar correntes!

Comunicar a verdade: não compartilhar correntes!

POSTADO EM 02 de Dezembro de 2016


Antes da Internet ou principalmente do mundo das Redes Sociais, a maioria das informações que chegavam até nós era gerada por jornalistas e grandes especialistas no assunto.

Ao elaborar um texto informativo esses profissionais seguem um rigoroso esquema de nunca divulgar algo que não seja de uma fonte segura. Eles também sempre consultam mais de uma ou várias fontes para confirmar a informação antes de divulga-la.

Com a chegada da Internet e das Redes Sociais todos agora são produtores de conteúdo. Isso é muito bom. Porem esse é um poder muito grande que alguns usam de forma indiscriminada, como por exemplo na criação de “correntes”.

A corrente é um texto inventado, com forte apelo emotivo, para se divulgar boatos, trolagens (brincadeiras), propagar vírus ou até mesmo posicionamentos racistas, políticos e religiosos.

As correntes são velhas conhecidas dos internautas. Elas surgiram na época que o e-mail era a principal fonte de comunicação. Depois elas migraram para as Redes Sociais, primeiro para o Orkut e hoje estão presentes no Facebook e Whatsapp.

Um exemplo muito comum de uma corrente é a de uma foto distorcida de uma pessoa com uma doença rara que precisa de ajuda. O apelo emotivo é que a cada compartilhamento da imagem a Rede Social vai doar dinheiro para a pessoa da imagem.

Fazendo uma boa pesquisa você vai descobrir que a verdade é que não existe a doença mensionada, a foto foi manipulada e nenhuma empresa que gerencia as Redes Sociais doam dinheiro conforme o número de compartilhamentos. Ou seja, essa é uma falsa “corrente do bem”, que não passa de mais uma trolagem.

Uma forma de acabar com essa divulgação de informações falsas é denuncia-las como spam ou como abusivas, por meio dos botões presentes nas Redes Sociais. Porém, não há meio mais eficiente do que o discernimento do internauta.

Para não cair nessas brincadeiras sem graça e de mau gosto e para não ser um divulgador dessas falsidades, fiquem atentos às dicas abaixo:

- Sempre confirmar se é confiável a fonte da informação que você vai compartilhar. Se não for possível verificar a veracidade dos fatos, NÃO compartilhe.

- Cuidado com as frases apelativas como: “reenvie para todos os grupos”, “se não compartilhar vai lhe acontecer algo ruim” (essa é clássica, veem desde o tempo do e-mail), “Ajude, por favor repasse”, “clique no link abaixo para receber a atualização”, “eu fiz e deu certo”, “repasse para todos os seus contatos”, etc.

- Fuja dos boatos. Desconfie de notícias muito “bombásticas”. Há vários sites especializados em desmentir boatos que circulam pela internet como “e-farsas”, “boatos.org”, “fatos & boatos”, etc.

- Cheque sempre a data e o local. Antigas correntes sempre voltam a ser divulgadas, mas com uma “roupagem nova”.

- Verifique se há muitos erros de português. Isso indica que o texto não foi escrito com cuidado, portanto não deve ser levado a sério.

- Não clique em links duvidosos ou ligue para números desconhecidos. É assim que se espalham os vírus.

Seguindo essas dicas e usando de bom senso evitaremos muitos problemas no mundo virtual e no real. Acabemos com esse lixo e usemos a internet para divulgar a verdade.

Padre Marcio Canteli

Assessor da Pastoral da Comunicação da Diocese de Bragança Paulista

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